sábado, 9 de julho de 2011

O CÁLICE

No altar da vida
A você o cálice ofereci,
Nele continha o néctar mais puro,
O néctar sagrado dos Deuses.
Nele continha o amor na sua forma mais bruta,
Na sua forma mais pura,
O amor na sua essência,
Na sua total beleza.
Do altar o cálice você retirou,
O néctar você bebeu,
Porém, não soube degustá-lo,
Não soube saboreá-lo.
O que antes era sagrado,
O que antes era imaculado,
Tornou-se triste,
Tornou-se amaldiçoado.
Seu coração, sua alma, seu Ser
Não estavam preparados para este néctar receber.
Bebeu-o como se fosse um líquido qualquer,
Não sabendo o seu verdadeiro gosto,
Não sabendo o seu real valor.
E hoje quando seus olhos se abrem,
Quando seu Ser enfim enxerga a sua real essência
A sua real beleza e valor,
Do néctar do cálice não resta mais nada,
A não ser pequenas gotas,
Resquicíos do líquido nele antes contido.
Percebes então que o líquido foi desperdiçado,
Que o sabor doce antes do amor,
Agora se torna amargo.
Pede-me então que no altar da vida
Outro cálice ofereça-te
Porém eu lhe digo
Esse cálice novamente eu não lhe oferecerei
Pois não está preparado para recebê-lo.
E novamente o néctar nele contido não saberá beber,
Disperdiçando-o assim mais uma vez.

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